Usuários do transporte coletivo de Cascavel enfrentam 2º dia de greve

Jornalismo | 04:45 | 0 comentários


 Pelo segundo dia seguido, terminais de transporte público de Cascavel, no oeste do Paraná, amanheceram vazios por causa da greve (Foto: Cícero Bittencourt / RPC)

Os cerca de 100 mil usuários do transporte público de Cascavel, no oeste do Paraná, enfrentam nesta quarta-feira (21) o segundo dia de greve do setor. Motoristas e cobradores voltaram a paralisar as atividades na terça-feira (20) e esperam restabelecer o serviço ainda à tarde, caso seja fechado um acordo durante a audiência no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-PR), marcada para às 14h, em Curitiba. Se não houver entendimento, a decisão sobre o aumento do salário reivindicado pelos trabalhadores caberá à Justiça.

Desde o início da paralisação, nenhum ônibus saiu das garagens, o que contraria a liminar da Justiça, que determina que 75% dos ônibus devem circular em horários de pico e 55% nos demais horários. Transporte alternativo cadastrado pela prefeitura tem evitado ainda mais transtornos aos usuários.
A categoria pede, entre outros, aumento salarial de 12%, enquanto as duas empresas responsáveis pelo serviço na cidade oferecem aumento de 7,33% e reajuste no valor da cesta básica, que passaria de R$ 150 para R$ 170, proposta não aceita pelos representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano de Cascavel (Sinttracovel).

Na quinta-feira (15), o transporte havia sido novamente paralisado e as catracas liberadas para os usuários. A greve estava suspensa desde dezembro, depois de a Justiça ordenar a manutenção do serviço nos horários de maior demanda. As negociações continuaram, porém não houve acordo. Conforme as empresas responsáveis pelo serviço, o reajuste pedido pelos trabalhadores é inviável e se fosse aceito resultaria em um aumento direto na passagem do transporte público.

Outras paralisações

Desde novembro os trabalhadores do transporte público de Cascavel vêm paralisando os trabalhos. No dia 28 de novembro, 13 linhas foram prejudicadas com a paralisação dos motoristas dos “micrões” – ônibus menores do que os convencionais, mas que têm capacidade para 70 passageiros. Os “micrões” estão sem circular desde então e os ônibus convencionais foram remanejados para atender as linhas afetadas.
Já no dia 23 de dezembro uma nova greve foi iniciada, mas no mesmo dia o sindicato decidiu suspender o protesto em função das festas de fim de ano e da determinação da Justiça.

No dia oito de janeiro, mais uma paralisação afetou os usuários do transporte coletivo. O protesto foi feito em apoio aos funcionários que tiveram os dias de trabalho descontados ou não receberam os salários de dezembro. Na data, os motoristas dos ônibus convencionais pararam no Terminal de Transporte Urbano Sul e houve confusão com os passageiros que aguardavam no local. Equipes da PM tiveram que controlar a situação. No mesmo dia os veículos voltaram a circular.

Fonte: G1 Paraná

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